Ainda nos dias atuais a morte é considerada um tabu pela maioria das culturas. Ao se perder um ente querido o indivíduo tende a, dentre outros danos, sofrer alterações nos funcionamentos emocionais e cognitivos. Sob esse aspecto, a Terapia Cognitivo-Comportamental pode favorecer que o enlutado vivencie esse momento de maneira menos prejudicial e mais funcional.
Nesse artigo explicaremos o que é a TCC, mostrando de que forma essa abordagem da Psicologia pode auxiliar nesse momento de trauma e dor.
O que é TCC?
Desenvolvida pelo psiquiatra Dr. Aaron Becker da Universidade da Pensilvânia – USA, a TCC demonstra que eventos internos e externos determinam nossas respostas comportamentais e emocionais.
É natural e esperado, nas sociedades ocidentais, que os indivíduos vivenciem o luto com certa dificuldade, época em que a emoção básica predominante é a tristeza. A forma como isso ocorre depende da história de vida (das relações), do contexto, do sistema de crenças e de aspectos cognitivos envolvidos, incluindo a forma como a situação é interpretada pelo indivíduo. Dessa forma, um evento como uma morte repentina, por exemplo, pode resultar comportamentos deletérios à sua saúde geral, às suas relações sociais e pessoais. Algumas vezes, situações como essas tendem a favorecer transtornos emocionais, os quais podem ser definidos também como transtornos no processamento de informações.
Como funciona a TCC?
Dentro do tema luto, e principalmente em situações de perdas traumáticas, a TCC busca reestruturar cognitivamente o paciente e a forma que ele lida com o acontecimento. Em uma primeira abordagem o terapeuta cognitivo irá intervir nas interpretações (cognições) que o paciente tem do evento, buscando mudar comportamentos e emoções negativas que o acompanham. Assim, durante o tratamento, o terapeuta irá atuar diretamente sobre as crenças do paciente com o intuito de desenvolver sua reestruturação emocional e desenvolver uma percepção mais real dos acontecimentos.
Durante nossa vida e experiências vividas desenvolvemos esquemas para percepção dos acontecimentos e esses esquemas, definidos como superestruturas cognitivas, regem nossas emoções e a forma com que lidamos com a morte, por exemplo. Dessa forma, a Terapia Cognitivo-Comportamental buscará reestruturar o paciente cognitivamente por meio de técnicas que o farão perceber e adotar respostas emocionais mais funcionais à morte repentina.
Como vantagem de outras formas de terapia, a TCC promove respostas mais rápidas para resolução de transtornos como depressão, ansiedade, dificuldades interpessoais, entre outros transtornos psiquiátricos que podem ter sido desenvolvidos com o trauma da morte. Pode-se afirmar que a eficácia da TCC no trabalho com pessoas enlutadas, auxiliando a pessoa a interpretar a situação de maneira não distorcida e mais funcional cerca dos acontecimentos, e prevenindo o agravo do sofrimento psicológico e sintomas físicos que podem surgir decorrentes da situação vivenciada. Assim, irá aprender a lidar melhor com seu entendimento a respeito da morte, alterando padrões de comportamentos danosos que são gerados pelos erros do pensamento.
Se você está passando por essa situação, acredite, esse tipo de terapia pode realmente ser benéfica. E caso conheça alguém que esteja passando por isso de forma negativa compartilhe nosso artigo com ele. E não se esqueça de curtir e compartilhar o nosso conteúdo.
