Na Terceira Idade, os indivíduos vivenciam uma série de mudanças significativas físicas, sociais, culturais e, também, psicológicas. Nessa fase do desenvolvimento, desconsiderando fatores patológicos (como o diagnóstico de demências), o avançar da idade vem acompanhado por um declínio “natural” das habilidades cognitivas. Esse processo é frequentemente custoso ao idoso ao perceber as primeiras alterações na capacidade de memorizar, processar informações, prestar atenção e, em alguns casos, de manter até mesmo a fluência verbal.
Cabe ressaltar que nessa fase da vida os indivíduos estão mais propensos a apresentar quadros de depressão e estes são frequentemente associados a maior declínio cognitivo. É função do psicoterapeuta, em conjunto com outros profissionais da saúde (geriatra, psiquiatra, neurologista, etc), realizar um rastreio e, quando necessário, uma investigação aprofundada acerca do (s) possível (is) diagnóstico (s) para adequar o tratamento e orientar paciente e familiares. Essa investigação deve sempre ser realizada com o idoso e um cuidador mais próximo por meio de entrevista e uma bateria de testes especializados.
Para minimizar os prejuízos causados pela perda das funções cognitivas em idosos, a Terapia Cognitivo Comportamental – TCC tem se mostrado uma alternativa terapêutica eficaz à essa população e demanda. Esta abordagem teórica atua diretamente sobre as funções executivas e emocionais, alterando padrões de comportamento disfuncionais e estimulando aqueles que tragam um maior bem-estar e qualidade de vida ao paciente.
O psicoterapeuta cognitivo-comportamental traçará metas juntamente ao idoso e ao familiar, quando necessário, visando a amenização ou o controle de sintomas, como as dificuldades de memória e o sofrimento da pessoa que apresenta perda da capacidade cognitiva. Além disso, as metas incluem favorecer suas relações interpessoais, em especial, com as pessoas mais íntimas e de contato de longo tempo, bem como a organização de sua vida diária, buscando trabalhar sua percepção de bem estar, segurança e qualidade de vida. Essa percepção positiva sobre a vida pode ser mais frequente, bem como apontam pesquisas na área, quando o idoso refere receber apoio social satisfatório.
Desta forma, a abordagem em TCC poderá ser preventiva e/ou terapêutica. O psicoterapeuta poderá atuar promovendo melhores relações sociais do idoso, com seus próximos e comunidade, e trabalhar funções cognitivas como a memória, atenção, foco, controle inibitório por meio de jogos e atividades específicas visando minimizar ou retardar sintomas. Em suma, fica constatada a importância da Terapia Cognitivo Comportamental para proporcionar suporte, acolhimento e oferecer diagnóstico e acompanhamento/tratamento de pessoas que estão enfrentando dificuldades funcionais devido a fatores desencadeados com o avançar da idade.
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